Artigo. 6 páginas.
Fonte: Boletim de Filologia, Lisboa, 29,1984, pp.585-592.
Neste pequeno artigo, pretendemos questionar a noção de «língua portuguesa» e apresentar algumas reflexões que nos parecem pertinentes acerca do seu exacto dimensionamento não só linguístico, como também político e cultural. O nosso ponto de partida consiste na ideia de que o Português é hoje, sem sombra de dúvida, uma das línguas mais importantes do nosso globo, e que, provavelmente, ainda o será mais amanhã. Nesse sentido, pressupomos, portanto, que são já conhecidos do leitor os dados quantitativos que se referem à sua dispersão geográfica e, sobretudo agora, depois da independência das ex-colónias portuguesas, à sua posição absoluta como quinta língua do globo em termos do número de falantes (a seguir ao chinês, inglês, russo e espanhol)