Pará: Typ. de Santos & Filhos, 1858. — 43 p.
Quando fiz alguns ensaios sobre a Lingua Geral dos Indígenas do Brazil, commandava eu as fronteiras do Pará, e achava-me na antiga aldêa dos Marabitanas, no alto Rio Negro, no ànno de 1842, onde as obras militares de que fui encarregado me pozerão na necessidade de procurar entender essa linguagem da qual se servem os que por ali habitão, e que é conhecida nas differentes tribus d'esta quasi incommen-suravel Provincia, visto como se sabe, que em todas as malocas ou ranxos ha quem a entenda e falle, que por isso a denominação Geral.
Depois de meu regresso a esta Capital appareceo o vocabulario do Padre Manoel Justianno de Seixas, primeiro lente nomeado para reger a cadeira de Lingua Indígena no Seminario Episcopal, creada por solicitude do Exm.° e Rvdm.° Senr. D. José Affonso de Moraes Torres, Bispo da Dioceze, cuja instrucção e saber se tem manifestado não só em seus escriptos e discursos, como também na fácil comprehensão dfuma grande copia dos vocábulos e phrases da mesma lingua.